a dissecação do meu ubuntu

Como prometido no final deste post, irei apresentar de seguida todos os pormenores da minha personalização actual do Ubuntu, bem como a lista das minhas aplicações imprescindíveis. Estamos no início, mas o post que se segue é bem capaz de ser o mais longo de sempre nas várias versões do Nocturna. Aproveito para me colocar totalmente à disposição para responder a qualquer dúvida ou questão, devidamente colocada como comentário a este artigo. Acrescento também que a versão que utilizo actualmente do Ubuntu é a 10.10, aka “Maverick Meerkat”, e pode ser obtida gratuitamente aqui.

[Tema Nocturno Light]

[Tema Nocturno Dark]

Vamos começar pelo próprio ambiente de trabalho, em que vou alternando entre duas opções que baptizei de ‘Tema Nocturno Light’ e ‘Tema Nocturno Dark’. Como podem ver pelas imagens em cima, estes dois temas não passam de pequenas variações do Radiance e Ambiance, respectivamente, que estão incluídos originalmente no Ubuntu. Experimentei inúmeros outros temas, tais como o Elementary, mas continuo a gostar mais destes dois e a considerar que são os que provocam menos cansaço visual na sua utilização. Caso estejam interessados, podem fazer o download dos wallpapers apresentados aqui e aqui. Se preferirem dois wallpapers em 3D do Ubuntu aqui têm.

Ainda sobre o ambiente de trabalho posso-vos dizer que utilizo como conjunto de ícones o Faenza no ‘Tema Nocturno Light’ e o ‘Ubuntu-Mono-Dark’ no ‘Tema Noctuno Dark’. Caso pretendam instalar o Faenza basta aceder ao Terminal e digitar os seguintes comandos:

  • sudo add-apt-repository ppa:tiheum/equinox
  • sudo apt-get update && sudo apt-get install faenza-icon-theme

Em ambos os temas o cursor do rato é sempre o maravilhoso Oxygen, na cor branca, que pode ser facilmente instalado através do Terminal com o seguinte comando:

  • sudo apt-get install oxygen-cursor-theme oxygen-cursor-theme-extra

Relativamente às fontes utilizadas no sistema operativo Ubuntu uso e abuso da espantosa nova fonte com o mesmo nome, incluída pela primeira vez nesta versão e que podem ver mais pormenores aqui. Até no processador de texto do OpenOffice utilizo esta hipnotizante fonte!

[Docky Light]

[Docky Dark]

Quanto ao ambiente de trabalho, propriamente dito, ainda falta mencionar que imediatamente após terminar a instalação do Ubuntu removo o painel inferior, existente por defeito, e instalo através do Centro de Software o Docky. As docas que visualizam em cima não são tão extensas como as que normalmente tenho, pois adicionei alguns ícones extras para terem uma melhor ideia do aspecto final. Configuro também o Docky para se ocultar automaticamente, adicionando também um ícone para a reciclagem, alternador de áreas de trabalho e o assistente que mostra no ícone a música que toca no Banshee.

[Scale]

[Expo]

As duas imagens que acabaram de ver correspondem às funcionalidades Scale e Expo. No meu caso acedo às mesmas após uma rápida configuração do Compiz, em que quando clico no canto inferior esquerdo do monitor tenho disponível o Scale e quando clico no canto inferior direito tenho o Expo. Contudo, o Compiz possui uma extrema personalização, logo podem escolher a que mais se adequa com às vossas necessidades.

[Cardapio]

Outra das alterações que faço consiste na remoção do Menu Principal do GNOME do painel superior e instalar o completo menu do Cardapio. A instalação não podia ser mais rápida e simples do que digitar os seguintes comandos no Terminal:

  • sudo add-apt-repository ppa:cardapio-team/unstable
  • sudo apt-get update
  • sudo apt-get install cardapio

Depois é só clicar com o botão direito no painel superior e adicionar o Cardapio. E com isto julgo ter falado de todas as alterações que faço no ambiente de trabalho do Ubuntu.

[Nautilus-Elementary]

Passando agora para o reino das aplicações, e antes da listagem das que são para mim imprescindíveis e que utilizo diariamente, gostava de destacar o upgrade do gestor de ficheiros para o Nautilus-Elementary. Podem ver aqui as enormes vantagens desta evolução. Para procederem à sua instalação copiem os seguintes comandos para o Terminal:

  • sudo add-apt-repository ppa:am-monkeyd/nautilus-elementary-ppa
  • sudo apt-get update && sudo apt-get dist-upgrade

Neste momento aproveito também para habilitar o Nautilus para duas simples, mas muito práticas, opções de edição de imagem. Ou seja, para rodar uma imagem ou alterar o seu tamanho basta clicarmos nela com o botão do lado direito do rato em vez de sermos obrigados a aceder a uma qualquer aplicação específica. Para tal digitem o seguinte no terminal:

sudo apt-get install nautilus-image-converter


Termino com a lista das aplicações mais importantes que tenho instaladas:

Chromium – o mais leve e rápido browser da actualidade.
Ubuntu Tweak – configurar o Ubuntu nunca foi tão fácil.
Dropbox – quem ainda não o utiliza?
TweetDeck – a perfeita gestão das redes sociais.
Shutter – completo programa de captura de ecrã.
Comix – o melhor leitor para banda desenhada.
Banshee – sempre foi o meu media player preferido.
Picasa – para edição e publicação de imagens.
Minitube – o YouTube como devia ser.
VLC – eficaz na reprodução de ficheiros DivX/Xvid.
Foobnix – para reproduzir os ficheiros .cue das excelentes emissões do Marco.
qbittorrent – o meu cliente bittorrent favorito.
PS3 Media Server – a união perfeita com a PS3.
World of Goo – o jogo mais genial de todos os tempos!

Ufa! Penso que não me esqueci de nada de importante, mas caso identifique entretanto alguma falha irei corrigir a mesma, actualizando este post regularmente. Sugiro a todos que acompanhem regularmente o excelente OMG! Ubuntu!, pois é actualmente a minha maior fonte de inspiração. Espero que tenham gostado, que retirem daqui algumas ideias e que vivam realmente o espírito do Ubuntu.

31 thoughts on “a dissecação do meu ubuntu

  1. Alguns destes aspectos são também os meus favoritos, como os ícones Faenza ou o cursor do rato. Relativamente ao tipo de letra costumo instalar o Droid, pois é imensa a diferença de espaço que ocupa (uso um eeepc) e o Gentium para usar em documentos no OpenOffice.
    Mudo sempre o tema também, alternando entre o Elementary e o Radiance OSliner Extended, ambos temas light.
    Uma outra diferença é que no nautilus-elementary activo os breadcrumbs, que sei que não estão disponíveis para todos os temas, mas uso a dica do http://www.webupd8.org/2010/04/nautilus-elementary-breadcrumbs-for-any.html
    Tenho uma questão, suponho que uma das aplicações que se vê na imagem “Scale” seja para o Twitter. Qual é? Dá também para o FriendFeed?

  2. Pingback: Ubuntu Nocturno | Bitaites

  3. Boas,

    mais uma vez interessante desktop que criaste.

    existe no entanto uma afirmação com a qual não concordo minimamente em virtude quer do que tenho lido quer do que sinto na práctica “Chromium – o mais leve e rápido browser da actualidade.”

    adoro construir máquinas que eu chamo de lowspecbox pq na realidade o são, uma delas é o portátil que uso diáriamente, um Acer 3614 com CPU celeronM380 1,6GHz+512Mb de RAM e como tal nem de longe nem de perto o Chromium é um browser leve e quanto à rapidez tb é relativo, é rápido sim em JS mas em html e comparando com o GNU ICecat que uso (versão da GNU do Firefox) não creio que seja mais rápido.

    Por exemplo usando a última versão do Chromium a de desenvolvimento que actualizo quase diáriamente na distro #!CrunchBang Statler que uso (Debian testing based), a memória que o Chromium usa é muito superior à que o GNU ICecat usa, para dar um exemplo, com o GNU ICecat consigo neste portátil trabalhar normalmente com 12 abas abertas, se arrancar o Chromium com 4 abas já se arrasta e já estou a gastar quase duzentos mega de Swap.

    No entanto o Chromium em GNU/Linux tb liberta ligeiramente melhor a memória das abas fechadas.

    O Tomshardware tem alguns testes que demonstram bem o que digo:

    http://www.tomshardware.com/reviews/opera-chrome-firefox,2689-10.html
    http://www.tomshardware.com/reviews/opera-chrome-firefox,2689-11.html

    Tenho andado a testar o novo Firefox 4.0b8 já com o novo motor de JS e as coisas aproximam-se neste capitulo.

    Cumps,

  4. Mais um excelente post. Claro que fui sacar imediatamente o Faenza, e agora acho que tenho o Toshiba L300 mais bonito da terreola. Só continuo a ter problemas na leitura de DVDs e não consigo perceber porquê.

  5. oi por acaso nao sabes nada sobre o open suse
    é o sistema que tenho e como office tenho o star office mas não consigo abri ficheiros em docx pptx e assim, queria intalar a ultima versao estavel do open office mas não consegui ainda.

  6. Boas.

    Vim cá parar através do Bitaites. Tive um problema num portátil windows, e instalei o Ubuntu numa pen para tentar aceder e salvar os ficheiros. Infelizmente o problema que afectava o windows também nao deixava correr o Ubuntu, pelo que já foi para reparação.

    Ora, tenho 0 (zero) experiência de Ubuntu, mas com a pen mesmo à mão, estou tentado a experimentar, no meu portátil. Dizem que ao início é complicado, por isso não sei :S

    De qualquer maneira o que queria perguntar é quanto espaço é que preciso para instalar o Ubuntu em dual boot, e se posso fazer isso já com o Windows instalado. Neste momento só tenho 65GB (de 283GB) livres no disco.

    Obrigado

    • Eph, 65 gb é apertado mas chega. Cria 3 partições: uma de root (/), outra para swap e outra para os teus ficheiros (/home). Digamos, 3 gb para swap, 25 gigas para a partição de sistema, o resto para /home.
      O instalador do Ubuntu trata do resto e no fim aparece-te um menu do Grub com os dois SO’s para arrancares.
      Se te perguntar, instala o Grub na Master Boot Record (MBR).

    • João, isso está uma configuração espectacular. Percebo bem porque demoraste dois dias.

      O melhor do Ubuntu é que não pesa. Uma vez fiz uma experiência: desactivei todas as “mariquices” do Vista – estilo clássico, inclusivé – e activei todas as “mariquices” do Compiz: transparências, por aí fora.
      Resultado: mesmo assim, o Vista clássico consumia mais memória!

      Hugo: já agora, em relação ao player capaz de ler suportar a leitura dos cue e o gapless, o foobnix ainda não está ao nível do DeaDBeef. O Foobnix é mais completo e o DeaDBeef minimalista, mas ao contrário do Foobnix não se engasga. Destes dois irá sair um equivalente ao Foobar em Windows, tenho a certeza.

      • João, eu gosto muito do Conky, considero-o muito simples e com possibilidades extremas relativamente à sua personalização. Contudo, deixei de o utilizar em Fevereiro de 2009 por considerar que não acrescentava nada à minha utilização do sistema operativo e que o mantinha unicamente pela beleza em si. Neste momento prefiro ter o sistema mais minimalista possível. Aproveitando a conversa, a minha última configuração do Conky foi esta:

        Marco, em relação ao DeaDBeef tenho que admitir que não o conhecia e, após uma simples e rápida instalação, estou a utilizá-lo para ouvir o volume 29 da tua Mix Tape. Até agora compreendo as tuas palavras quando dizes que o Foobnix não está ao nível do DeaDBeef e até o raio do ícone da aplicação é mais bonito! Realmente, melhor só um Foobar nativo para o Ubuntu…

  7. isto tudo substitui-se por algo melhor e mais simples: kde.

    e, claro, com uma boa distro, ao contrário da ubuntu, q é só uma versão bonita do windows, que dá tantas ou mais barracas q o proprio windows.

    • @aqwsedr
      Lamento, mas discordo de tudo o que indicas. O KDE é muito bonito, isso ninguém pode discutir, contudo não apresenta a mesma leveza e fluidez do GNOME. Em relação ao Ubuntu e ao Windows, só afirma isso quem não utiliza regularmente ambos os sistemas. Tanto o Windows 7, na minha opinião o melhor sistema operativo que a Microsoft produziu até hoje, como o Ubuntu 10.10 não me dão quaisquer “barracas”. E eu utilizo os dois todos os dias.

        • Lamento se não foi respondida qualquer questão colocada nos comentários do Nocturna, contudo o facto do registo se encontrar como “Anónimo” não facilita em nada essa resposta.

          • lamento o comentário anterior ter ficado como anónima. eescrevi esse comentário pq tenho um suse com staroffice e queria instalar o openoffice mais recente para poder abrir ficheiros .docx ….
            mas n tenho conseguido ja n sei o q fazer.
            tenho um blog no wordpress e assim é q descobrin este blog.
            Tens alguma sugestão para o meu problema com o office.

            • @nierika
              Desculpa não ter respondido da primeira vez. Em relação à questão que colocas precisava de saber mais pormenores sobre o erro com que deparas quando tentas instalar o OpenOffice no teu Suse e também ambas as versões envolvidas. Aposto que já consultaste esta página, certo?

              http://en.opensuse.org/OpenOffice.org

  8. Olá Hugo,

    Comecei a usar o Ubuntu porque na Universidade comecei a dar Assembly e o professor “recomendou” usarmos uma distro de Linux.

    Adorei as tuas recomendações e sem duvida que torna a experiência do Ubuntu muito mais agradável.

    Obrigado.

    • @Eph
      É simples, basta seguires estes passos:

      1. Prime as teclas ALT+F2 e escreve ‘update-manager -d’
      2. Na janela que irá aparecer, no canto superior direito, tens o botão que indica ‘Upgrade’.
      3. Clica nesse botão e segue os passos normais até o Maverick Meerkat estar a bombar no teu PC!

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